quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Questões de Coesão e Coerência - 1º ano do EMI



Assinale a opção em que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna correspondente provoca defeito de coesão e incoerência nos sentidos do texto.

A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. ___1___ dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio.

Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes. ___2___, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6% –, ___3___, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. ___4___, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990.

Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. ___5___ a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil.

(PROVA AFTN/RN 2005)
 


(Adaptado de http://www.brasil.gov.br/acoes.htm)
a) 1 – Tanto é assim que
b) 2 – Lamentavelmente
c) 3 – Ou seja
d) 4 – Simultaneamente
e) 5 – Se bem que


Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, contados depois,
até que são engraçados. É igual a certos incidentes de viagem, que,
quando acontecem, deixam a gente aborrecidíssimo, mas depois,
narrados aos amigos num jantar, passam a ter sabor de anedota.
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Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado em sua
casa. Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, no
ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas muitos
o são na própria casa. O que não diminui o desconforto da situação.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas vestido em roupa de
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trabalho,  pois resolvera dar uma pintura na garagem e na cozinha.
As crianças haviam saído com a mulher para fazer compras e o
marido se entregava a essa terapêutica atividade, quando, da
garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:
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— É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.
Ele já se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos
ladrões pergunta:
— Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
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— Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta.
— Então vamos lá dentro, mostre tudo.
Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo
para livrar sua cara, começou a dizer:
— Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me lixando, não gosto desse patrão.
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Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali?
Olha, se eu fosse vocês levava aquele som também. Na cozinha tem
uma batedeira ótima da patroa. Não querem uns discos? Dinheiro
não tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro
do armário tem uma porção de caixas de bombons, que o patrão é 
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tarado por bombom.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso empregado indicou e
saíram apressados.
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos.
Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do 
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próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo.

SANTANNA, Affonso Romano. Porta de Colégio e Outras Crônicas.
São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para Gostar de Ler).

No trecho "e o marido se entregava a essa terapêutica atividade" (l. 18-19), a expressão destacada substitui
(A) fazer compras.
(B) ir ao mercado.
(C) narrar anedotas.
(D) pintar a casa.



Páris, filho do rei de Troia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso provocou um sangrento conflito de dez anos, entre os séculos XIII e XII A.C. Foi o primeiro choque entre o ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram enganar os troianos. Deixaram à porta de seus muros fortificados um imenso cavalo de madeira. Os troianos, felizes com o presente, puseram-no para dentro. À noite, os soldados gregos, que estavam escondidos no cavalo, saíram e abriram as portas da fortaleza para a invasão. Daí surgiu a expressão "presente de grego".
Em "puseram-no", a forma pronominal "no" refere-se: (ENEM 2009)
a) ao termo "rei grego".
b) ao antecedente "gregos".
c) ao antecedente distante "choque".
d) à expressão "muros fortificados".
e) aos termos "presente" e "cavalo de madeira".