quarta-feira, 9 de maio de 2012

AULA PROGRAMADA - 2 ANO LITERATURA

 Leiam a poesia abaixo, que pertence a Gonçalves Dias, poeta da primeira geração do Romantismo. Depois, pesquisem uma poesia de uma das gerações românticas, copiem, postem nos comentários enfatizando a qual geração pertence a poesia, qual autor escreveu e elenquem 3 características da geração escolhida. (atenção não copiem um do outro pois poema repetido terá nota zero). A tarefa constitui nota mensal.

Canção do Exílio
Gonçalves Dias

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossas flores têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.






5 comentários:

  1. SEGUNDA GERAÇÃO-

    Casimiro de Abreu (1839 – 1860)

    Meus oito anos

    “Oh! que saudades que tenho
    Da aurora da minha vida,
    Da minha infância querida
    Que os anos não trazem mais!
    Que amor, que sonhos, que flores,
    Naquelas tardes fagueiras
    À sombra das bananeiras,
    Debaixo dos laranjais!
    [...]”

    3 CARACTERÍSTICA:
    SAUDADE DA TERRA, SAUDADE DO PASSADO, SENTIMENTALISMO

    Aluna:Lúbina Leslie Laguna

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  2. A Beleza

    Oh Beleza! Oh potência invencível,
    Que na terra despótica imperas;
    Se vibras teus olhos
    Quais duas esferas,
    Quem resiste a teu fogo terrível?

    Oh Beleza! Oh celeste harmonia,
    Doce aroma, que as almas fascina;
    Se exalas suave
    Tua voz divina,
    Tudo, tudo a teus pés se extasia.

    A velhice, do mundo cansada,
    A teu mando resiste somente;
    Porém que te importa
    A voz impotente,
    Que se perde, sem ser escutada?

    Diga embora que o teu juramento
    Não merece a menor confiança;
    Que a tua firmeza
    Está só na mudança;
    Que os teus votos são folhas ao vento.

    Tudo sei; mas se tu te mostrares
    Ante mim como um astro radiante,
    De tudo esquecido,
    Nesse mesmo instante,
    Farei tudo o que tu me ordenares.

    Se até hoje remisso não arde
    Em teu fogo amoroso meu peito,
    De estóica dureza
    Não é isto efeito;
    Teu vassalo serei cedo ou tarde.

    Infeliz tenho sido até agora,
    Que a meus olhos te mostras severa;
    Nem gozo a ventura,
    Que goza uma fera;
    Entretanto ninguém mais te adora.

    Eu te adoro como o anjo celeste,
    Que da vida os tormentos acalma;
    Oh vida da vida,
    Oh alma desta alma,
    Um teu riso sequer me não deste!

    Minha lira que triste ressoa,
    Minha lira por ti desprezada,
    Assim mesmo triste,
    Assim malfadada,
    Teu poder, teus encantos pregoa.

    Oh Beleza, meus dias bafeja,
    Em teu fogo minha alma devora;
    Verás de que modo
    Meu peito te adora,
    E que incenso ofertar-te deseja.
    GONÇALVES DE MAGALHAES Características: Beleza,Exacerbação do amor e Sentimentalismo. Michele Soares ;)

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  3. A harmonia
    por Álvares de Azevedo
    Poema agrupado posteriormente e publicado em Lira dos Vinte Anos .

    Meu Deus! se às vezes, na passada vida,
    Eu tive sensações que emudeciam
    Essa descrença que me dói na vida
    E, como orvalho que a manhã vapora,
    Em seus raios de luz a Deus me erguiam
    Foi quando às vezes a modinha doce
    Ao sol de minha terra me embalava
    E quando as árias de Bellini pálido
    Em lábios de Italiana estremeciam!

    Ó santa Malibran! fora tão doce
    Pelas noites suaves do silêncio
    Nas lágrimas de amor, nos teus suspiros,
    Na agonia de um beijo, ouvir gemendo
    Entre meus sonhos tua voz divina!

    Ó Paganini! quando moribundo
    Inda a rabeca ao peito comprimias,
    Se o hálito de Deus, essa alma d'anjo
    Que das fibras do peito cavernoso
    Arquejava nas cordas entornando
    Murmúrios d'esperança e de ventura,
    Se a alma de teu viver roçou passando
    Nalgum lábio sedento de poesia,
    Numa alma de mulher adormecida,
    Se algum seio tremeu ao concebê-lo...
    Esse alento de vida e de futuro
    — Foi o teu seio, Malibran divina!

    Ah! se nunca te ouvi, se teus suspiros,
    Desdêmona sentida e moribunda,
    Nunca pude beber no teu exílio...
    Nos sonhos virginais senti ao menos
    Tua pálida sombra vaporosa
    Nesta fronte que a febre encandecera
    Depor um beijo, suspirar passando!

    Meu Deus! e, outrora, se um momento a vida
    De poesia orvalhou meus pobres sonhos,
    Foi nuns suspiros de mulher saudosa,
    Foi abatida, a forma desmaiada,
    Uma pobre infeliz que descorando
    Fazia os prantos meus correr-me aos olhos!

    Pobre! pobre mulher! esses mancebos
    Que choravam por ti... quando gemias,
    Quando sentias a tua alma ardente
    No canto esvaecer, pálida e bela,
    E teu lábio afogar entre harmonias
    — Almas que de tua alma se nutriam!
    Que davam-te seus sonhos, e amorosas
    Desfolhavam-te aos pés a flor da vida...
    Ai quantas não sentiste palpitantes,
    Nem ousando beijar teu véu d'esposa,
    Nas longas noites nem sonhar contigo!

    E hoje riem de ti! da criatura
    Que insana profanou as asas brancas!...
    Que num riso sem dó, uma por uma,
    Na torrente fatal soltava rindo,
    E as sentia boiando solitárias...
    As flores da coroa, como Ofélia!...
    Que iludida do amor vendeu a glória
    E deu seu colo nu a beijo impuro...
    Eles riem de ti!... mas eu, coitada,
    Pranteio teu viver e te perdôo.

    Fada branca de amor, que sina escura
    Manchou no teu regaço as roupas santas?
    Por que deixavas encostada ao seio
    A cabeça febril do libertino?
    Por que descias das regiões doiradas
    E lançavas ao mar a rota lira
    Para vibrar tua alma em lábios dele?
    Por que foste gemer na orgia ardente
    A santa inspiração de teus poetas...
    Perder teu coração em vis amores?
    Anjo branco de Deus, que sina escura
    Manchou no teu regaço as roupas santas?

    Pálida Italiana! hoje esquecida.
    O escárnio do plebeu murchou teus louros!
    Tua voz se cansou nos ditirambos...
    E tu não voltas com as mãos na lira
    Vibrar nos corações as cordas virgens
    E ao gênio adormecido em nossas almas
    Na fronte desfolhar tuas coroas!...

    Alvares de Azevedo Caracteristicas: Sentimentalismo amoroso,inspiraçao e exacerbação do amor. Aline de Souza

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  4. Professora vou postar aqui mesmo ... Estou no trabalho não poderia nem estar acessando o BLOG ...

    Texto: Paz social
    Sobre o texto:
    1. A produção de um artigo de opinião pressupõe a existência de uma situação social de comunicação em que estejam envolvidos, por exemplo, um jornal ou uma revista, seu editor, um articulista convidado e os leitores, isto é, pessoa interessadas em conhecer a opinião do referido articulista sobre determinados assuntos.
    a. Quem é o articulista, isto é, o autor do artigo de opinião, “Paz social”? Você já havia lido outros textos escritos por ele? Comente.
    O autor do texto é Gilberto Dimenstein, não nunca li outro texto deste autor mas este texto Paz Social é uma ótima critica a maneira com que se lida com a marginalidade e como ela se forma.
    b. A que público o texto é dirigido?
    Ao Poder Publico.
    c. Esse texto poderia ser publicados em que veículos de comunicação?
    Jornal, Revista, Blog.
    d. Qual a variante linguística predominante no texto? Justifique.
    Paz, de várias formas ele define a Paz Social.
    2. Qual é o assunto focalizado nesse artigo? Em que parágrafo do texto pode-se identificá-lo?
    A criança, o adolescente, marginalidade. Segundo.
    3. Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões.
    Na introdução do texto, o autor deve situar o leitor sobre o tema abordado e posicionar-se a respeito dele, apresentando a idéia principal /tese que será desenvolvida.
    a. Qual é a ideia principal do texto “Paz social”?
    De que a Paz Social vem com o desenvolvimento humano.
    b. Qual o primeiro argumento usado por Dimenstein para defender a sua afirmação de “violência gera violência”. Transcreva esse argumento.
    “A rua serve para a criança como uma escola preparatória.”
    c. E no segundo parágrafo, qual foi o outro argumento apresentado pelo autor?
    “E o garoto abandonado de hoje é o adulto abandonado de amanhã. É um círculo vicioso, em que todos são vítimas, em maior ou menor escala.”
    d. No quarto parágrafo, qual foi o argumento utilizado pelo autor, para mostrar a diferença um país desenvolvido e um país de Terceiro Mundo?
    “Entender a infância marginal significa entender por que um menino vai para a rua e não para a escola. Essa é, em essência, a diferença entre o garoto que está dentro do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola.”

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  5. continuação ...

    4. Explique a seguinte passagem do texto:
    Do menino marginal, esculpe-se o adulto marginal talhado diariamente por uma sociedade violenta que lhe nega condições básicas de vida.
    Que o que o menino sofre quando criança é o que ele fará quando adulto, se for educado educará, se sofrer violência, irá ser violento.
    5. Releia o terceiro parágrafo do texto em que o autor fala de paz social. Para o articulista:
    a. O que é paz social? Responda parafraseando a visão do autor.
    É viver em união ao próximo, formando uma cultura de cooperação, e aceitação entre as partes.
    b. O que pode garantir a paz em uma sociedade?
    Educação.
    6. De acordo com o texto, relacione “infância marginal” com país desenvolvido e país de Terceiro Mundo.
    A criança que está na rua nos países de terceiro mundo é o marginal, que não tem contato com a escola, e acaba aprendendo na rua seus conceitos de vida, já em um país desenvolvido a criança recebe educação, para que não se formem cidadãos marginais.
    7. Esse artigo faz parte do livro “O cidadão de Papel”, de G. Dimenstein. Relacione esse título aos problemas sociais enfrentados pela sociedade atual.
    Hoje o cidadão muitas vezes representa um número, um voto, um a mais... As pessoas muitas vezes não exercem seus deveres, nem sabem seus direitos, em uma sociedade onde o mais “inteligente” prevalece e usa da falta de conhecimento alheia. Fazendo com que surjam muitos grupos fechados em uma só sociedade, dentre eles aqueles que defendem a própria ignorância, e outros que se põem em ar de superioridade pelo seu status e conhecimento, gerando desunião e conflitos, o que poderia muito bem ser o contrário.

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